Ministério da Saúde alerta que a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) informou, no dia 8 de junho, que a Venezuela detectou poliovírus vacinal tipo 3 em um menino de 2 anos e 10 meses que apresentou paralisia flácida aguda (PFA) em um dos membros inferiores.
O paciente, não vacinado contra a poliomielite, é morador de uma comunidade indígena sub-imunizada no estado de Delta Amacuro, na região leste. As amostras serão encaminhadas para nova análise laboratorial. Caso os achados sejam confirmados, será o primeiro registro da doença no país em 29 anos.
Também está em investigação na localidade o caso de uma menina de 8 anos, com histórico de ao menos uma dose de VOP que igualmente manifestou flacidez em um dos membros inferiores. O documento afirma ainda que a busca ativa por mais indivíduos com PFA não identificou outros quadros compatíveis, no entanto, em entrevista à Agência France Press (AFP), o ex-ministro da saúde da Venezuela José Félix Oletta, afirmou haver mais duas suspeitas.
Diante do cenário e levando em consideração o grande contingente venezuelano com livre acesso ao Brasil, em especial aos estados da região Norte, o Ministério da Saúde (MS) divulgou nota informativa na qual alerta as Unidades Federativas e municípios para a necessidade de manter as coberturas vacinais acima de 95% e de intensificar as ações de vigilância da poliomielite de acordo com os protocolos vigentes.
A SBIm e a Vacivitta corroboram o comunicado do MS e lembram à população que a vacina que previne a poliomielite é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e também está disponível nas clínicas privadas. A poliomielite é uma doença grave, que pode levar à morte e causa outros impactos físicos, sociais e emocionais. Não podemos admitir que ela retorne ao país.
Fonte: SBIm