Nos últimos dois anos, temos lidado com uma infecção respiratória que mudou nossa rotina, a Covid-19. E, recentemente, voltamos a conviver com um outro vírus, já conhecido por todos a muito tempo e em uma época não tão comum, o vírus da gripe. Ambas são doenças virais respiratórias com sintomas semelhantes e, muitas vezes, é difícil diferenciá-las clinicamente. Febre, tosse, falta de ar, dor no corpo e indisposição estão entre os principais sintomas dessas infecções. Só a realização de exames específicos permite identificar qual doença a pessoa está infectada. Mas e os pulmões, quanto podem ser comprometidos? Sabemos que a Covid-19 pode, em suas formas mais graves, deixá-los bem prejudicados. A gripe também?
A porta de entrada dos vírus é a mesma: o nariz e as vias aéreas superiores. Então, é por aí que a infecção pode se espalhar, ou não. Vários fatores podem influenciar nessa evolução: idade, imunidade, problemas de saúde concomitantes, se o indivíduo foi vacinado ou não, dentre outros.
Com o vírus da gripe, é diferente. Ocorre um processo inflamatório, mas de intensidade menor que aqueles primeiros casos de Covid-19, as complicações principais, são as infecções bacterianas secundárias, responsáveis por sinusite, otite ou pneumonia. Elas acontecem sobretudo em crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas (diabetes, DPOC, obesidade etc.). Na gripe, é difícil ver evoluções para fibrose pulmonar ou fenômenos trombóticos nos pulmões e nem tantos quadros de insuficiência respiratória, como no Covid-19. Portanto, é necessário se prevenir. Isso exige vacinação para ambas as doenças, higiene das mãos, distanciamento social, testagem e afastamento das pessoas infectadas.
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