O tipo de vírus da gripe já circula pelo país e também pode se manifestar no Estado.
Apesar de o número de mortes de febre amarela aumentar no Espírito Santo e já somar 32 casos confirmados, a expectativa é que a doença diminua nas próximas semanas. No entanto, um outro vírus, só que de gripe, o N3N2, circula pelo país e também pode se manifestar no Estado.
Durante o III Workshop da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) para jornalistas, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI- MS), Carla Magda Domingos, destacou que os casos de febre amarela no Estado têm diminuído.
Ela explica que o ciclo silvestre da doença acontece de outubro a maio, sendo que o pico já passou. “Nós estamos falando do ciclo silvestre da doença, estamos vendo com os dados epidemiológicos que os casos no Espírito Santo como nos outros Estados têm diminuído. A medida que o vamos conseguindo vacinar toda a população, diminui o risco da doença”, diz.
Ela afirma que o Estado já entrou no Calendário de Imunização. “A partir de agora o Espírito Santo passa a ser área de recomendação do nosso país. É assim que acontece: entra na vacinação temporária e, em seguida, só as crianças que irão nascer que ficarão sem vacina, aí entra no calendário de vacinação como área de recomendação”, finaliza.
H3N2
Apesar da circulação do vírus de febre amarela dar uma amenizada, o vírus influenza H3N2 pode vir com intensidade no inverno. Somente no último ano, o conjunto dos vírus influenza – de gripe – vitimou 2.220 pacientes. Apenas o H1N1, matou 1.982 pessoas e foram feitas 10.625 notificações.
Segundo a presidente da Comissão de Revisão de calendários e Consensos da SBIm, Isabella Ballalai, o vírus que mais fez vítimas no último ano poderá vir com menos intensidade e pode dar lugar ao H3N2.
“Será um ano com muitos casos. Não como o passado, mas como tudo indica que vai prevalecer o H3N2. No entanto, este vírus não mata mais que o H1N1 e vice-versa, o que ocorreu o ano passado é que tivemos muitos casos por H1N1”, afirma.
A gripe causada por H3N2 e a pelo H1N1 são dois tipos da doença que causam os mesmos sintomas e riscos em ser humano, a sua diferença está no tipo de cepa do vírus da gripe que a causa. Para conter a doença, a vacina de influenza trivalente de 2017 terá os seguintes vírus: A (H1N1), A (H3N2) e Influenza B.
Vírus e doses
h3n2
Influenza
Outro vírus influenza A que também está circulando é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.
Diferença
O H3N2 e o H1N1 são dois tipos de vírus de gripe que causam os mesmos sintomas e riscos em ser humano, a sua diferença está no tipo de cepa (grupo) do vírus da gripe que a causa.
Doses disponíveis
Abril
As doses estarão disponíveis para a população mais cedo neste ano, partir de 17 de abril. Em 2016, a imunização começou em 30 de abril.
Vacina
Novidade
Professores da rede pública e privada de todo o país serão incluídos como público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação.
Mortes
2016
Somente no último ano, o conjunto dos vírus influenza vitimou 2.220 pacientes. Apenas o H1N1 matou 1.982 pessoas e foram feitas 10.625 notificações.
Segurança na vacina de febre amarela
A presidente da Comissão de Revisão de Calendários e Consensos da SBIm, Isabella Ballalai, explica que a vacinação contra febre amarela é segura e foi responsável pela eliminação do ciclo urbano no país. No período de 2000 a 2017 foram 58,7 milhões de pessoas vacinadas no Brasil.
“A vacina é como qualquer outro medicamento e tem contraindicação. É uma vacina que produz muitos anticorpos. Por isso, para quem têm imunidade baixa, a criação de anticorpos pode fazer com que, ao invés de ficar protegida, a pessoa desenvolva a febre amarela. Ao tomar a vacina, o organismo não vai reconhecer se é o vírus da doença ou o vírus da vacina e desenvolve todo o agravamento.”
O Ministério da Saúde estuda a inclusão da vacina contra a febre amarela no calendário rotineiro de imunização das crianças de todas as regiões do Brasil, não só das áreas consideradas endêmicas.
Sete suspeitas de mortes por dengue
Muito se fala em febre amarela, mas a dengue, a zika e a chikungunya continuam avançando. Segundo boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foram notificados 4.131 casos de dengue, entre o dia 1º de janeiro e o último dia 18. Desse total, 63 são graves e sete óbitos seguem sob investigação.
No que diz respeito à zika os números, igualmente, não são animadores. O boletim atualizado divulgado ontem pela Sesa, mostrou que o Estado já contabiliza 156 registros confirmados da doença, são 53 a mais em relação à última atualização, feita no último dia 16.
Entre as cidades que registram casos confirmados da doença estão Alto Rio Novo, Aracruz, Barra de São Francisco, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Colatina, Domingos Martins, Fundão, Guarapari, Iconha, Irupi, Itaguaçu, Itarana, Iúna, Mantenópolis, Marataízes e Vitória.
A chikungunya, do mesmo modo, não está dando trégua. Até o momento o Estado registra 300 casos da doença, conforme boletim atualizado ontem pela Sesa.
Há registro de circulação do vírus em 11 cidades, sendo Aracruz, Afonso Cláudio, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Guarapari, Guaçuí, Montanha, Vila Velha, Vitória e Serra.
A semana epidemiólogica em que houve maior número de registros foi de 15 a 21 de janeiro, quando foram contabilizados 38 ocorrências. (Tatiana Moura)
Os números das doenças
Febre amarela
Mortes
Até o momento são 32 óbitos pela doença. Do total de 261 casos, 109 foram confirmados.
Dengue
Avanço
São contabilizados 4.131 casos da doença, destes 63 são graves e sete mortes estão em investigação.
Zika
Vírus
Foram notificados 156 ocorrências da doença. São 53 casos a mais em relação à última atualização do boletim epidemiológico, feita no último dia 16.
Chikungunya
Circulação
O Estado já notifica 300 casos. São 44 casos a mais em relação à última atualização do boletim epidemiológico, também feita no último dia 16.
Fonte: Gazeta Online